sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O que eu li nas férias

Sempre que vou viajar de férias, além dos itens tracionais, minha mala vai recheada com uma seleção de livros, cuidadosamente escolhidos para a ocasião. Nessas férias, porém, mal tive tempo de arrumar as malas, em função das mil e uma pendências que eu tinha que deixar resolvidas no trabalho para poder me ausentar. Enfim... entrei na livraria, e em 10 minutos peguei, mais ou menos, "o que vi pela frente".

A melhor das escolhas foi a biografia de Maria Callas - Orgulhosa demais, frágil demais, de Alfonso Signorini. Fiquei impressionada com a vida e a carreira dessa diva da música lírica, considerada a maior soprano de todos os tempos. Uma mulher, como tantas de nós, capaz de renunciar à sua brilhante carreira por amor.

Também gostei muito de Três Vidas, de Gertrude Stein, um ícone da chamada Geração Perdida na Paris do início do século XX. O llivro, dividido em 3 contos, é um relato da vida de 3 mulheres sem qualquer perspectiva de vida, exceto a de servir aos outros - patroas, família, amigos. A narrativa é muito enfática em relação a características específicas de cada uma das mulheres, o que as torna muito reais, quase velhas conhecidas nossas.

Em terceiro lugar na minha prefência, veio O Compromisso, de Herta Müller, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2009. Fala do cotidiano de uma mulher atormentada pela ditadura na Romênia Comunista. Toda a estória de desenvolve tendo como pano de fundo a convocação para que ela se apresente ao Serviço Secreto. No caminho, o tempo torna-se dilatado, e sua vida é contada, desde a infância, em incursões ao seu universo psicológico.

No teu deserto, de Miguel Sousa Tavares, também autor de Equador e Rio das Flores, me deixou com uma sensação de "leitura mal resolvida". Gostei dos outros dois livros, apesar do final meio decepcionante de Equador, e acho que por isso esperava mais. Trata-se das memórias de um jornalista acerca de uma viagem feita ao Saara há 20 anos, em companhia de uma mulher 15 anos mais jovem. As dificuldades e prazeres da travessia cria entre eles uma cumplicidade que evolui para companheirismo e, por fim, amor represado.

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