quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Faxina no Baú


Hoje é dia de faxina! No baú e na alma...

Dia de queimar o passado sem nehuma importância
Sentimentos mofados, idéias empoeiradas
Coisas que nem lembrava mais
Pessoas que se perderam sem volta
Frases que não consigo mais ler
 
Quero esvaziar o coração...
 
Quero abrir espaço para o novo
Guardar? Só o que amo
Renovar? As esperanças
Desejar? Só o melhor, e sempre!
 
Que venha 2010! Que seja o melhor!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O amor nos tempos do cólera



Pode um amor não-correspondido durar cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias?

Partindo da história real de seus pais, Gabriel Garcia Márquez fala do amor de Florentino Ariza por Fermina Daza, em um livro que conta com versão para o cinema. Segundo o próprio autor, foi um livro escrito com suas entranhas...
Separado de sua amada, primeiro pelo pai da moça, e depois pelo casamento dela com Juvenal Urbino, ilustre médico que venceu o cólera; o obstinado Florentino Ariza desenvolve um verdadeiro Tratado do Amor. Meio século de espera, solidão, angústias, prazeres, triunfos e doenças, sem deixar de pensar em sua amada um único instante. Um amor que encontra seus protagonistas septuagenários, após a viuvez de Fermina, vencendo as barreiras da idade e se tocando pela primeira vez.

Do amor e outros demônios


Ao acompanhar a demolição do Convento de Santa Clara, em Bogotá, para uma cobertura jornalística, Gabriel Garcia Márquez revive uma lenda contada por sua avó. Durante a abertura dos túmulos para remoção dos restos mortais de freiras e personalidades enterradas na igreja do convento, ele se depara com a cripta de uma menina, cuja cabeleira ruiva media 22 metros de comprimento.
Começa assim a história de amor entre um padre e uma menina supostamente possuída pelo demônio. A trama mistura feitiçaria, religiosidade cristã e cultos africanos, tendo como pano de fundo a intolerância da Santa Inquisição.
Traço marcante das obras de Garcia Márquez, a solidão está presente em suas mais diversas formas. Seja na Casa-Grande decadente, no manicômio de mulheres ou no convento fantasmagórico, onde cada personagem segue sozinho a sua cina.

sábado, 26 de dezembro de 2009

A cicatriz no joelho


Na noite de Natal fui surpreendida em um determinado momento por uma mãozinha curiosa sobre o meu joelho esquerdo. A pergunta veio sem rodeios - que machucado é esse? Na verdade, a menininha observadora e curiosa estava passando os dedinhos sobre uma das muitas cicatrizes adquiridas na minha infância. Expliquei que aquela, especificamente, tinha sido provocada por uma bolinha de árvore de Natal, de um tipo que ela nunca conheceria, e que era feita de um vidro muito fininho. Exercendo a curiosidade sem fim, típica da idade dela, quis saber todos os detalhes daquela aventura...

Fui obrigada a remexer bem fundo no meu bauzinho e resgatar um Natal de quase trinta anos atrás... Contei a ela que, naquele tempo, eu mesma fazia a árvore de Natal, e fui surpreendida por uma carinha desconfiada. Expliquei que a minha árvore, nada mais era que um galho seco, o mais ramificado que eu encontrasse, no qual eu enrolava camadas e camadas de algodão para imitar a neve. Depois de nevado, o galho era preso em um vaso com terra e enfeitado com as bolinhas multicoloridas e muito perigosas para uma menina pequena. Estava pronta a minha árvore.

Como percebi o interesse crescente naqueles olhinhos atentos, resolvi contar a ela que eu fui uma menina de uma época antes da Internet, do celular e até mesmo do controle remoto. Embalada por uma risada de puro divertimento, contei a ela que os telefones tinham fios e eram discados, num disco mesmo. Que a televisão era preto e branco e a gente colocava uma tela na frente, cheia de colunas coloridas, para fingir que tinha cor. Falei que eu ouvia discos de vinil coloridos e fitas cassete, e tentei convencê-la de que apesar de toda essa "precariedade" eu fui uma criança muito livre e feliz, que ia para a escola à pé e sozinha, andava de bicicleta por todo o bairro e "trabalhava" como babá quando ainda tinha idade para ter babás. Passava horas sozinha, brincando de boneca, pulando amarelinha ou elástico. Quando estava com os primos e amigos, fazia cabaninhas no quarto, brincava de polícia e ladrão e transformava o meu quarteirão no melhor lugar para partidas intermináveis de queimada, mãe-da-rua e rouba bandeira.

Depois de explicar à minha inquisidora todas as regras dessas brincadeiras, cruzei com um olhar de dúvida e me sentí na obrigação de dizer a ela que sua infância é muito mais legal que a minha. O que eu não daria para poder conversar com as minhas amigas pelo computador?

Infelizmente, não tive como não pensar no quanto as crianças de hoje são pressionadas e competitivas, e em como as meninas são induzidas a crescer bem mais depressa, tornando-se mulheres antes do tempo...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Recompensa



O QUE FAZ COM QUE TUDO VALHA A PENA...

O excesso de trabalho
A falta de tempo
O excesso de ansiedade
A falta de sono
Tudo isso fica pequeno quando essa revista, feita com todo o meu amor e dedicação chega da gráfica, ainda quente e com cheiro de tinta fresca.
Obrigada Deus!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sorri



Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Memórias do Bauzinho...




Saudades daquela vidinha simples em que complicado era curar dor de barriga, coisa que se fazia com chá de casca de goiaba. Era um tempo de pegar piolho, que a mãe tirava com pente fino, e bicho de pé que tinha que sair inteiro para não espalhar os ovos. Tempo de vestir roupa de anjo para a coroação e de acompanhar procissão na semana santa. Tempo de tomar banho de rio e de passar ferro de brasa na cama para espantar a friagem. Tempo de férias na roça...


Imagine certa manhã em fins de novembro. Malas prontas para a longa viagem de 110 km com destino a uma cozinha de um velho casarão numa cidade de interior. A peça principal é um grande fogão a lenha, poleiro de meninos nos dias frios; mas também há uma grande mesa retangular com umas 20 cadeiras e uma porta que dá para a despensa, um paraíso com cheiro de fruta, carne defumada e fumo de rolo.

Uma mulher, de cabelos muito pretos para uma avó, está parada diante da porta da tal cozinha. É baixinha e vivaz como uma galinha garnisé. O rosto, tingido pelo sol e marcado pela vida, se ilumina ao ver chegar uma menina. Ela está olhando para mim. Tenho seis anos; ela sessenta e tantos. Somos avó e a neta preferida, pelo menos é o que ela sempre me dizia. Um a um, todos da casa emergem e eu me perco em meio a tantos abraços, beijos, broas, queijos e planos para dois meses de alegria plena...

Os dias começavam muito cedo com o ronco do Jipe que indicava a partida do meu avô para a fazenda. Deus ajuda quem cedo madruga, e para acompanhar aquele homem severo com coração de menino, era preciso madrugar. Melhor era esperar ele voltar para o almoço, pontualmente às "10:30 da manhã", e ir para a fazenda às "11:30 da tarde"... Assim eu podia acompanhar o despertar das princesas dos meus contos de fadas – minhas jovens tias. Seis lindas Marias, dividindo o grande quarto, disputando o chuveiro para o banho, o espelho para a maquiagem. E eu extasiada, sonhando com aquele futuro esplendoroso...

Os tios, todos Josés, dormiam no andar de baixo e a guerra dos sexos era travada em volta da mesa do café. Nessa hora, chegava o Jipe, dirigido pelo Nô, trazendo os latões de leite que alimentavam a família e dezenas de pessoas que surgiam pela porta da rua, trazendo as leiteiras de alumínio. Como eu gostava daquela rotina de gente simples...

As comidas eram um capítulo a parte. Era um tempo de carne de panela, conservada na lata com banha de porco, e de limonada com bicarbonato para parecer refrigerante. Os enfeites ainda não estavam na moda e o máximo era a maçã na boca da leitoa. Tinha pinhão assado, milho verde cozido, doce de figo e cidra, e queijo Minas feito em casa todo santo dia.

Mas, todas as minhas fantasias de menina giravam mesmo era em torno da fazenda. Era onde meu anjo da guarda não tinha sossego, pois as idéias dos primos eram sempre mirabolantes. Montar cavalo bravo, construir um barco para atravessar o rio, atiçar e correr do touro Holandês... Era um tempo de galinhas sem galinheiro, que botavam ovos em ninhos colocados nos troncos das árvores, e de beber leite tirado na hora. Era onde eu me sentia tão quente e faiscante quanto a lenha que ardia no fogão, e tão livre quanto a fumaça da chaminé...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Para Gabriel e Lucas

Dois anjinhos que resolveram chegar ao mundo antes da hora... 
Que o anjo da guarda esteja sempre pertinho deles, e que possamos tê-los conosco o quanto antes.




Santo anjo do Senhor meu zeloso guardador
Já que a ti me confiou a piedade divina
Sempre rege, guarda, governa, ilumina,
Amém

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Beija eu...

Sou apaixonada pelas ilustrações do meu conterrâneo Rogério Fernandes. Tenho duas enormes na sala de casa e gostaria de ter muitas outras.
Essa série de beijos foi produzida para a campanha de Dia dos Namorados do Diamond Mall.
Simplesmente apaixonante...